Desertos informativos em tela: cobertura da violência de gênero e desinformação na TV
Desiertos informativos en pantalla: Cobertura de violencia de género y desinformación en TV
Resumen
Os telejornais brasileiros são, mesmo na contemporaneidade, um locus de reafirmação do poder, masculino. A subalteridade das mulheres em relação aos homens está inscrita de forma estrutural na sociedade e nas práticas jornalísticas, com reflexos na cobertura. A proposta do artigo é refletir sobre as consequências sócio-culturais desses silenciamentos da mulher em um espaço de difusão do saber, que é o noticiário televisivo. Defende-se que a invisibilização das mulheres funciona como uma espécie de deserto noticioso, compreendido não como um espaço geográfico, mas como um território político. O apagamento do que pensam e produzem 52% da população envolve a ocupação de lugares de poder nas emissoras de TV, e nas narrativas jornalísticas por elas veiculadas. São violência simbólicas que se multiplicam e agravam quando há (des)informação na cobertura da luta das mulheres de forma incompleta ou distorcida, contribuindo para a reafirmação da desigualdade e do preconceito de gênero, em lugar dese constituir em espaço de equidade, em práticas e discursos. O texto apresenta a aplicação de uma proposta teórica ancorada em pesquisas bibliográfica, documental e em trabalhos anteriores das autoras,e integra pesquisa em desenvolvimento
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Iluska Coutinho, Ariane Pereira

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.