“Picada de Ódio”: relato de experiência da produção de uma radionovela por assentados/as e acampados/as do MST-PE

Picada de Ódio: relato de experiencia de la producción de una radionovela por colonos y camperos del MST-PE

Resumen

O objetivo do artigo é apresentar um relato de experiência de todo o processo de comunicação comunitária para fazer chegar aos trabalhadores do campo ligados ao Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra(MST) informações sobre Dengue, Zika e Chigungunya(DZC), doenças que continuam assolando o Brasil, junto com a pandemia da Covid-19. Do processo surgiu a radionovela “Picada de Ódio: a picada que ninguém gostaria de sentir na pele” feita “por e para” assentados/as e acampados/as do MST, em Pernambuco, conjuntamente com estudantes e professores que integram os projetos Solte sua Voz: os invisíveis midiáticos, da Universidade Federal de Pernambuco(UFPE) e Arbocontrol,da Universidade de Brasília(UNB). A escolha da radionovela como um produto de comunicação comunitária se deu a partir dos relatos feitos pelos assentados/as da falta de
produções que se voltem para a realidade do campo. Uma das reflexões deixadas após o processo produtivo da radionovela foi a importância de uma comunicação transformadora, que só acontece no diálogo, na troca, no respeito à autonomia das pessoas e organizações, para que tenham capacidade de decidir, de tomar o próprio destino nas suas mãos.